sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Gala Cromos da Bola 2009 - O Encerramento

E como tudo o que é bom tem um fim, a Gala Cromos da Bola de 2009 conhece hoje a sua brutal decapitação. Sim, nós sabemos que estamos a chegar a Março de dois mil e DEZ, mas estamo-nos a borrifar para picuinhices. Para picuinhices e cadeiras com mau apoio lombar. Também não apreciamos isso - que fique bem claro.

Quando um evento desta magnitude dá de caras com o seu términus nas esquinas escuras da vida, o espectáculo tem que ser uma panela borbulhante de entretenimento. Assim sendo, a noite de glamour começou com um concerto da muito aguardada dupla Dinis & Graciano Saga, com o êxito "Vai Devagar, Emigrante Cipriota", dedicado ao ex-internacional Luís Loureiro e à ex-putativa-promessa Edgar Marcelino.














A multidão aplaudiu entusiasta, exceptuando Rui Patrício, que demonstrou dificuldades em juntar as duas mãos num movimento simultâneo. De seguida, os co-apresentadores Eládio Clímaco e Mílton Caccioli introduziram o momento alto da Gala - os Rui Óscares destinados aos dois filmes mais esperados do ano. De permeio, o Mago Calvo aproveitou para promover o seu novo livro, "Mangonga: Um tributo ao pistoleiro de lábio cinzento".
















Praticamente toda a plateia olhou de canto para esta desenvergonhada tentativa de auto-promoção, à excepção do entusiasta Pedro Roma, companheiro de ambos no Gil Vicente de 1993/1994 (não, esta parte não foi inventada - mil novecentos e noventa e três/noventa e quatro - assim mesmo). Roma - que para os mais distraídos, deu o nome à Cidade Eterna em 753 a.C. - iria mesmo ter um serão bastante feliz, mas lá chegaremos.

Para já, ficamos com o vencedor do Rui Óscar para a comédia dramática do ano: The Royal Crombaums. Uma película controversa, dado ter contado com o maior orçamento de 2009, esbanjando papel moeda naquilo que diversos críticos consideraram ser "um escabroso erro colectivo de casting". Nós, no Cromos da Bola SAD, preferimos o termo "humor não-intencional".
Porém, toda a polémica envolvente não abalou o estado de espírito dos intervenientes. Milan Purovic estava especialmente eufórico, ao tornar-se no primeiro ser humano com dois pés esquerdos e uma cabeça poliinsaturada a vencer o mesmo Rui Óscar por dois anos consecutivos: "Isto servir para demonstrar que persistência também poder levar a falhanço total e abjecto. Ser bonito e construtivo."

Nélson Benítez arrebatou corações no papel recorrente de cowboy gay, mas o nosso enviado especial não conseguiu chegar à fala com o argentino. Segundo o seu agente/proxeneta, Nélson estaria com a agenda demasiado preenchida, a tentar ser o terceiro suplente de uma equipa do meio da tabela da segunda divisão argentina. Para estas desventuras e tantas outras, a redacção envia-lhe sinceros votos de sucesso.

De toda a maneira, conseguimos arrancar umas palavras ao protagonista Felipe Caicedo, que demonstrou toda a sua eloquência ao ensaiar comer o Rui Óscar. Com toda a certeza que tem aspecto de ser delicioso, quem somos nós para julgar um profissional que vale tantos milhões de libras? Mais: se o Sr. Caicedo quiser, até podemos temperá-lo com Vinagre e uma pitada de Loureiro (e assim, de forma tão nonchalant, acabámos de bater o recorde blogosférico de referências ao Luís Loureiro num post apenas).

Outro sul-americano, Sebastián Prediger, foi o preferido dos caça-autógrafos. Na sua primeira aparição pública em solo Europeu, o milionário trinco assassinou e enterrou vivos todos os rumores que asseguravam que teria 2,54m de altura, pele lilás, dentes de bode e carapaça de tartaruga ninja.
"A força do boato é tremenda"
, desabafou o esbelto ché, enquanto recebia o Rui Óscar das sensuais mãos de Britney Spears: "Eu e o Sebas temos tanto em comum...fiz questão em vir entregar-lhe o prémio aqui a Espanha, neste continente tão emblemático como é o Africano. Não só tenho uma admiração tremenda pela sua carreira, como também queria ver se o João Moutinho é tão pequenino como diziam. É tão kiduxoooo!!!"


E foi neste ambiente glamouroso que o verdadeiro sorvete de limão desta Gala foi servido a todos os convivas sob a forma de Pedro Roma. O provecto goleiro, vencedor do prémio carreira, aproveitou a ocasião para promover a seu romance, o ternurento "O Velho e a Baliza". Pelo que foi dado a perceber, a trama é um bocado um episódio do Tsubasa na óptica do guarda-redes e transposta para o papel. Citando apenas uma parte do texto, "eu vi a bola, e ela vinha em direcção a mim, cheia de força, a girar pelo ar a toda a velocidade, eu preso ao chão, a olhar para a bola, todos os jogadores estáticos, e eu disse para mim, hás-de ser minha custe o que custar, senão o Pavlovic dá-me uma solha quando o jogo acabar, a bola estava a aproximar-se, a chegar-se para mim envolvida num halo brilhante, eu mexi os braços, abanei-me um bocado, e quando aquele zumbido da bola se ouviu mesmo perto, eu..."

Bonito, mas um bocado chato. Laranjeiro bocejou tanto que até deixou cair as folhas. Paulo Turra queria dizer que estava de volta mas acabou por adormecer e perder a oportunidade. Portanto, restou-nos convidar Pedro Roma a sair airosamente do palco, com todo o cavalheirismo possível. Para esse efeito, destacámos o habitualmente sensível Petit, que cumpriu essa missão com a afabilidade que se lhe reconhece. Pedro Roma parece ter ficado de alguma forma agastado com esta situação, como a foto documenta. Mesmo que Petit nem sequer lhe tivesse cuspido. Palavra de Ronny.



No final, registou-se uma salutar convivência entre os convidados, onde se aproveitou para falar sem tabus de velhas entradas a pés juntos, remates escandalosamente falhados, penteados espampanantes, entre tantas outras coisas tão bonitas. Bigodes e carecas, búlgaros ou brasileiros, todos juntos a celebrar, já ansiando pela Gala de 2010 em 2011.

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Gala Cromos da Bola 2009 - A Sétima Noite

Este Rui Óscar foi polémico. Por várias razões. Desde o uso controverso da touca numa piscina relvada sem vestígios de cloro até ao mastigar boçal de Jorge “The Terminator” Jesus, que ofendeu toda uma comunidade religiosa filipina e despertou-lhes uma fúria capaz de lipoaspirar a seco o verrinoso mister. Foquemo-nos em apenas duas.

A primeira razão tem a ver com o filme em si. “The Argentinian Diving” nem sequer é um filme na verdadeira acepção da palavra, se quisermos ser rigorosos: é antes um rodízio de sketches aglomerados de forma tão atabalhoada que até parece que foi o Grimi que esteve na pós-produção. A segunda razão prende-se com a avaliação da peça galardoada: o consenso esteve longe de ser atingido, mas uma nota exarada do Conselho de Arbitragem da Liga acabou por decidir a favor da atribuição do prémio. Porquê? Ora essa, não tem de haver nenhuma razão. Porque sim, ponto final. Parágrafo.

A beleza das acrobacias sul-americanas nas grandes áreas inebriou alguns jurados, maravilhados com os “downward spinnings” dos flexíveis avançados de vermelho vestido. Como por exemplo MarcEu Entrei no Green MileZoro, que tudo fez para poder ter o prazer de visualizar um mergulho de chapa mesmo à sua frente. Outros, todavia, torceram o nariz (excepto o Drulovic, que não tinha por onde pegá-lo) a uma colecção de imagens que deve pouco à originalidade e que, três-meia-volta, se reinventa para definir um campeão antecipado. Citando Valerioriginal, original, era eu jogar e fazer alguma coisa que disfarçasse a elevada comissão que o meu empresário embolsou com a minha contratação. Ou isso, ou ver finalmente o Afonso Martins a fulgurar no papel principal de um filme de vampiros”.

Na recepção do galardão, o trio de argentinos deu largas ao regozijo e Aimar não se coibiu de cair nas escadas de acesso ao palco após uma violenta expiração de ar de um malvado mosquito que atravessava a sala. Olegário Benquerença & Cia., alarmados, expulsaram toda a gente da sala, não fosse o diabo de Gaia tecê-las. Mas era tudo parte de um plano magistral para mitigação da mega-depressão que pairava sobre vários milhões de apaniguados, caso estes passassem mais um ano atrás do ensandecido Sporting de JEB e Sá Punch (ao pé destes, o Paulinho até parece ter um doutoramento honoris causa). Rapidamente recomposto, Aimar clamou “¡ya somos campeones!” e partiu para a marca dos onze metros com uma tal convicção que S. Rui Costa permitiu-se abandonar o túnel por breves instantes para derramar uma lágrima de Paixão junto dos seus.

Para a posteridade, as palavras do mister JJ: “Eu já sabia. Estava-se mesmo a ver-se. Foi o crolário… o curuláriu… o cru… foi essa coisa lógica das coisas, prontos. Estes três jegadores formam uma parelha de luxo que não há igual em Portugal e se calhar até no próprio Benfica. E para ter unhas é preciso tocar guitarra, não é? Podíamos ter caído ainda mais, mas prontos, fizerem tudo o que eu lhes pedi, e fizerem bem, se não tivessem fazido já cá não estavem comigo, não é? Agora é continuar com esta humildade e rebentar com as fuças da próxima equipa de coitadinhos que se nos atravessar ao caminho, não é?

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Gala Cromos da Bola 2009 - A Sexta Noite

A Gala prossegue com a entrega de mais um Rui Óscar 2009.
O senhor que se segue representa uma das dores mais comuns e nefastas para o comum mortal. A dor de dentes.

Assim ficou Cissokho após ter sido negada a transferência para o AC Milan.
O Cromos da Bola, SAD sabe que foi detectada uma casca de ovo num dente molar, após a praxe de farinha e ovos que teve na recepção do Dragão, 6 meses antes. Cissokho alega que descende de galináceos, aliás como se pode comprovar pela fronha do lateral esquerdo bomba do futebol português.


O Lyon surge na vida (na boca) de Aly como uma verdadeira fada dos dentes. E agora quem se ri com toda a dentuça é o Sr. Aly Cissokho, que há 1 ano sensivelmente jogava ao lado de jogadores como Anderson do Ó, Michel e Filipe Brigues, e à sua frente combinava com Laionel.
Só por isso, o Rui Óscar é inteiramente merecido.
No entanto, esta gala fica marcada pela reacção primeiramente intempestiva, em que Aly Cissokho quis recusar o prémio e atirá-lo para longe, numa reacção à Pedro Silva.


No entanto, após perceber o impacto positivo que teria para a sua carreira, Aly Cissokho ergue triunfante o Rui Óscar. (que fique claro para os nossos leitores que o Rui Óscar nao tem vertigens. Caso contrário, não poderíamos estar sempre a levanta-lo e a ergue-lo a níveis tão altos...)

domingo, fevereiro 07, 2010

Gala Cromos da Bola 2009 - A Quinta Noite

[start]
Quinta noite gala Cromos [stop]
Noite Sporting [stop]
Dois filmes distinguidos [stop]

1º filme [dois pontos]
Acção [stop]
Crime [stop]
Um ladrão especializado em trabalhos de grande envergadura [stop]
Bastante arriscados [stop]
Lucílio Baptista [stop]
Um vigilante com a vida em pedaços [stop]
Demandando justiça [stop]
Pedro Silva [stop]
Um parceiro do ladrão [stop]
Sem pejo de manusear armamento verbal e não só [stop]
João Gabriel [stop]
Thriller [stop]
Tensão [stop]
Imagens fortes [stop]
Palavrões a fluírem como cerveja [stop]
Provavelmente, o filme mais falado do ano [stop]
Heat – Calor [stop]
Durante a cerimónia [stop]
Lucy e João não negaram a proximidade [stop]
Abraçaram-se [stop]
O tempo todo [stop]
Com isso [stop]
Pedro Silva agarrou-se ao Rui Óscar [stop]
O tempo todo [stop]
E enquanto Lucy e João pensavam entre si [stop]
“Será que ele me deixa apalpar-lhe o rabo?” [stop]
Pedro Silva meditava para os seus botões [stop]
“Será que consigo atirar este Rui Óscar a mais de 50 metros?” [stop]
Mas não o fez [stop]
Mal por mal [stop]
Aquele Rui Óscar [stop]
É o único troféu ganho por Pedro Silva este ano [stop]
Lucy e João [stop]
Saíram mais cedo [stop]
Passaram numa loja de conveniência [stop]
Compraram várias garrafas de Carlsberg [stop]
E foram curtir para um motel [stop]
A noite toda [stop]

2º filme [dois pontos]
Paixão [stop]
Ternura [stop]
Amor proibido [stop]
Um remake do filme português “Amo-te Teresa” [stop]
Um presidente que amou mais do que devia [stop]
Um treinador enredado num losango [stop]
Ai ai o coração [stop]
Perdoe-se-lhes a loucura [stop]
Eles estão amando [stop] Mas pelo sim pelo não [stop]
Foi melhor colocar um colete-de-forças no Bettencourt [stop]
Digamos que ele não está a 100% [stop]
Arranjou uma mialgia no cérebro [stop]
Porque o homem ainda está a viver muito a sua personagem [stop]
Acontece aos grandes actores [stop]
Mas ele está a procurar ultrapassar a situação [stop]
Está a esforçar-se [stop]
O que é que ele fez [ponto de interrogação]
Foi de férias para o Brasil [stop]
É que aqui faz frio [stop]
E parecendo que não [stop]
Isso mói a cabecinha [stop]
E pronto [stop]
Pode não ter ficado muito melhor [stop]
Mas estava muito mais bem disposto [stop]
Voltou agora para receber o Rui Óscar [stop]
E se calhar amanhã ou depois [stop]
Vai pedir para ir buscar as filhas do Paulo Bento ao colégio [stop]
Quando este arranjar trabalho [stop]
Amanhã ou depois [stop]
[end]

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Gala Cromos da Bola 2009 - A Quarta Noite


Na quarta noite da Gala, um vencedor antecipado.

"Panico En El Tunel"
, de São Costa, foi o escolhido nas categorias de melhor filme de extermínio de massas e melhor documentário sobre a vida animal e animalesca, tendo sido de igual forma premiado pelos seus inovadores ângulos de câmara.




São Costa, insigne realizador e actor secundário da obra, revelou-se feliz pela escolha dos arrojados planos que permitiram tornar a acção mais escorreita e selectiva: "O meu amigo Sandrinho da Prosegur está de parabéns. Foi ele o director de fotografia. Por muito bons que os meus planos estivessem idealizados no storyboard, o Sandrinho conseguiu captar os melhores ângulos de filmagem possíveis, e estou-lhe bués de grato por isso. Até porque eu estive sempre de mãos nos bolsos e não conseguia manusear a câmara. É muita coisa ao mesmo tempo."
















Na entrega dos Rui Óscares, o mais feliz era o Diabo de Gaia, premiado com o Rui Óscar para melhor actor secundário: "Não foi fácil levar a cabo tal produção. Havia demasiados figurantes, uma confusão do carago. Vejam os calos que tenho na mão direita, de apertar tantos cachaços. Vejam! Mas valeu a pena."

Vandinho, O Incrível Hulk, Márcio Mossoró e Cristian Sapunaru também receberam menções honrosas pelas participações na película, mas o paradeiro dos actores é, até à data, desconhecido - exceptuando o do romeno, como aliás realçámos em post anterior.

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[nota da redacção] A equipa de reportagem de Cromos da Bola, SAD afirma por este meio que a suspensão de 7 meses a que foi votada pela presença no túnel aquando da entrega dos Rui Óscares é totalmente inadequada e a todos os níveis escandalosa. Não é assim que irão derrotar este blogue, e vamos lutar contra este indecoroso processo com todas as nossas forças. Obrigado.
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